A noite caiu pesada sobre a Casa Mancini.
Mas não havia paz no silêncio — apenas sussurros de futuros possíveis.
Lucia vestia preto da cabeça aos pés.
O cabelo preso num coque firme.
Os olhos, delineados de uma forma que lembrava Giulia em sua época mais implacável.
No grande salão, Serena, Adriana, e três outros nomes confiáveis esperavam.
Ela subiu as escadas do púlpito com o passo seguro de quem não pedia mais permissão.
— A partir desta noite, não há mais conselho de Cesare.
Não há mais sucessão determinada por sangue.
Há lealdade.
E há consequência.
Um leve murmúrio de tensão percorreu o grupo.
Lucia continuou:
— Eu não quero o trono.
Mas não vou permitir que ele caia nas mãos erradas.
Quem quiser poder... vai ter que lutar contra quem não tem mais nada a perder.
Adriana sorriu discretamente.
Serena baixou o queixo, com respeito.
— A primeira ordem é clara — disse Lucia.
— Quero vigilância reforçada. Nenhuma movimentação de Amara sem meu conhecimento.
E ninguém... absolutamente n