O helicóptero pousou às seis da manhã.
Dante desceu com os olhos semicerrados pelo sol e a expressão cerrada por algo maior: pressentimento.
A mansão estava em silêncio.
Mas não o silêncio de paz.
O silêncio de depois da guerra.
—
Lorenzo o recebeu na entrada.
— Bom ter você de volta.
— O que aconteceu?
— Ela vai te contar.
— Serena?
— A própria.
A que comandou isso aqui como um general.
A que transformou uma invasão em alerta nacional.
Dante franziu o cenho.
— Quantos?
— Três mortos, dois desacordados, um preso.
E um recado: a próxima bala tem o nome dela gravado.
— Giulia?
— Em carne, osso… e bilhetes poéticos.
—
Dante atravessou os corredores com pressa.
Mas quando entrou no escritório…
Parou.
Serena estava sentada à frente do painel de câmeras, segurando um café preto, as pernas cruzadas, um mapa da mansão estendido na mesa com marcações vermelhas e anotações escritas à mão.
Não havia caos.
Havia comando.
Ela nem virou o rosto.
— Dormiu bem no norte?
— Dormi sabendo que você estav