Duas noites depois, uma caixa preta chegou à porta da mansão Morelli.
Sem remetente.
Sem aviso.
Apenas um laço vermelho.
E um nome: Lucia.
Foi Lorenzo quem encontrou.
Carregou até o salão principal com cautela.
Adriana já estava armada antes mesmo de ver o que era.
— Pode ser explosivo.
— Pode ser psicológico — disse Serena, os olhos fixos no pacote.
Lucia apareceu com o cabelo ainda molhado do banho.
Assim que viu a caixa, o corpo ficou tenso.
— É dele?
— Só há uma forma de saber — respondeu Serena.
Lucia caminhou até a caixa.
Serena se adiantou.
— Não.
Se tiver algo dentro que possa te marcar… eu assumo.
Mas Lucia foi mais rápida.
Abriu.
Dentro, havia uma foto.
Giulia.
Sangrando.
No chão de um galpão.
Viva… mas quebrada.
E um bilhete.
“Ela morreu como morrem os fracos: sem lutar.
Mas deixou um segredo que pertence à minha filha.
Se quiser, venha buscar.
Se não quiser… então nunca saberá o que carrega no peito.”
Lucia ficou pálida.
— Ele está brincando comigo.
— Ele está tentando dom