O solar Morelli estava em silêncio.
Mas era o tipo de silêncio que carrega granadas no ventre.
Explosões contidas.
Serena passou a noite em claro.
Em sua frente, o mapa da Calábria.
Pontos marcados em vermelho.
Galpões. Portos.
Territórios onde o nome Mancini ainda sussurrava nos becos.
Adriana entrou com uma pasta.
— Chegou.
Relatório completo.
Dossiê: Cesare Mancini.
Serena folheou.
Fotos antigas.
Registros de movimentação.
Assassinatos ligados a ele.
Desaparecimentos.
— Ele foi visto pela última vez no porto de Catânia.
Depois… sumiu como fumaça — disse Adriana.
— Porque o diabo não desaparece, Adriana.
Ele apenas muda de pele.
Adriana a olhou com um misto de respeito e medo.
— Se ele quiser Lucia… você vai fazer o quê?
Serena não piscou.
— Ele vai morrer antes de olhar nos olhos dela.
—
Enquanto isso, Lucia estava com Lorenzo no campo de treinamento.
Ele ensinava como desmontar e montar uma arma.
— Não basta atirar.
Você precisa saber se a arma está mentindo.
— Armas