Três dias após o retorno de Serena de Palermo, a fachada da paz já começava a ruir.
Na calada da manhã, uma ligação acordou Adriana antes mesmo do sol nascer.
— Adriana falando.
— Temos um problema.
Encontraram um corpo… na entrada do campo de treino dos Morelli.
Ela não precisou de mais nada.
Vestiu-se, prendeu o cabelo num coque e foi direto ao local.
Quando chegou, Serena já estava lá.
Fria.
Silenciosa.
Mas com os olhos em chamas.
O corpo estava estendido diante dos portões de ferro.
Era de Enzo, um dos seguranças mais antigos da família.
Fiel.
Quieto.
Leal até o fim.
Um único tiro.
Bem entre os olhos.
Ao lado do corpo, um bilhete escrito com tinta vermelha:
“Se você acha que essa cidade é sua, Morelli…
lembre-se: até os de dentro sangram.”
Adriana se aproximou, murmurando:
— Isso foi um recado. Não um ataque.
Não era sobre o Enzo.
Era sobre você.
Serena guardou o bilhete no bolso e respondeu com a voz baixa:
— Então é hora de responder.
—
Horas depois, Serena convocou uma reunião