Matheus Narrando
Eu não sei explicar, mas não gostei nem um pouco de ouvir Valéria dizer que estava feliz por Eduardo estar conhecendo outra mulher. Aquilo me corroeu por dentro, como se cada palavra dela fosse uma punhalada na minha pele. Pode parecer estranho, talvez até doentio, mas eu não consigo agir de outra forma.
Quando o assunto é Valéria, eu sou possessivo. Sempre fui.
E agora, com esse maldito casamento arranjado que Otaviano está tentando me impor, essa sensação só aumenta. Ele me colocou contra a parede, querendo me usar como moeda de troca, como se eu fosse uma peça descartável no tabuleiro dele. Mas eu não vou ceder.
Prefiro perder a presidência da construtora, prefiro viver uma vida simples ao lado de quem eu amo de verdade, do que me condenar a uma existência amarga ao lado de alguém que eu nunca poderia amar.
Está decidido. Eu não vou me curvar diante dos caprichos dele.
Se a construtora não está indo bem, a culpa não é minha. É dele, que só sabe gastar como se o din