— Isadora! Que história é essa de que você vai se casar?!
Isadora fechou os olhos, segurando o impulso de soltar um palavrão. Endireitou os ombros, encarando o próprio reflexo na janela de vidro, e depois da cidade inteira aos seus pés.
— Como você soube disso, mãe? — perguntou em tom controlado, mas a impaciência vazava em cada sílaba.
— Como eu soube? — Maia quase riu, mas soou mais como um grito abafado. — Um dos seus sócios ligou. Disse que a notícia do seu envolvimento com um homem explodiu na imprensa e que você confirmou que está comprometida, em plena reunião de conselho, disse que estava noiva! Ele perguntou como eu pude não contar, e fiquei morrendo de vergonha de dizer que não sabia.
Isadora apertou os lábios, o dedo tamborilando na taça.
— Só pode ter sido o Douglas. — resmungou. — Esse velho nunca perde a chance de se meter onde não é chamado.
— Não tente desviar o assunto! — retrucou Maia. — Quero explicações, Isadora.
Ela respirou fundo.
— Eu ia te contar. Mas primeiro