— Eu estou apaixonado por você.
A respiração dela travou. Isadora abriu a boca, mas nenhuma palavra veio e por um instante ela quis acreditar que tinha ouvido errado.
— Eu… — ela balbuciou, desviando o olhar. — Eu preciso… tomar banho.
Sem esperar resposta, levantou-se da cama, pegou uma toalha e praticamente correu para o banheiro. Fechou a porta com força, encostando-se nela. O coração batia como se quisesse sair do peito.
— Droga… — murmurou, apoiando a testa na madeira.
Não era pra isso acontecer. Não era pra nenhum deles se apaixonar. Tudo começou como uma barganha, um jogo, uma espécie de castigo. Ela sabia que Henrique não era um homem simples e, por Deus, ela também não era uma mulher fácil.
Ligou o chuveiro e deixou a água escorrer sobre a pele, tentando lavar o turbilhão de pensamentos que a sufocava.
“Ele não pode estar falando sério”, dizia para si mesma. “Ele só está confuso. É o clima, o casamento, a viagem, nossa aproximação, tudo misturado.”
Mas, no fundo, uma parte de