O avião tocou o solo de Paris nas primeiras horas do dia. O movimento suave das rodas contra a pista arrancou de Isadora um suspiro aliviado. Ela olhou pela janela: a claridade cinzenta do céu francês parecia surreal, como se fosse um cenário pintado para anunciar que a provação deles havia terminado.
Henrique ao lado bocejou, esticando-se no assento.
— Nunca pensei que o barulho de um pouso me soaria como música.
Isadora tentou sorrir. O voo fora curto e ela não pregara os olhos enquanto esperavam no aeroporto. A mente estava ocupada demais vigiando se algum deles não voltaria para pegá-los, seu coração só se acalmou quando entraram no avião.
Quando saíram da aeronave, já havia dois homens desconhecidos à paisana esperando perto da saída internacional. Um deles carregava uma pequena mala, a dela. Outro estendeu para Henrique os celulares que haviam confiscado.
— Promessa cumprida — disse o homem, entregando também as bagagens dele. — Não queremos mais nada de vocês. A partir daqu