— Acho que nossa festa acaba de ficar interessante.
Isadora lançou-lhe um olhar atravessado e se virou para a mulher, que parecia reunir coragem para continuar.
— Qual é o seu nome? — perguntou Isadora.
— Camila… Camila Still, senhora. — A garçonete respondeu, engolindo em seco.
— Certo, Camila. Você disse que o bolo está envenenado. Por quê? — A voz de Isadora ecoou pelo jardim, surpreendentemente estável, considerando a situação.
Camila apertou as mãos, que tremiam visivelmente.
— Eu… eu ouvi uma conversa na cozinha, pouco antes de trazerem o bolo para cá. Dois homens… eles estavam perto da porta dos fundos. Um deles disse algo como “é só uma questão de tempo, depois de comer eles não vão sentir nada”. O outro respondeu que o veneno era suficiente para derrubar metade da festa. — Ela respirou fundo, o peito subindo e descendo rapidamente. — Eu fiquei apavorada, não sabia o que fazer… quando vi que vocês iam servir o bolo, não consegui ficar calada.
Um burburinho percorreu os convida