Svetlana despertou com uma sensação estranhamente reconfortante. Pela primeira vez em dias, seu corpo parecia descansado. Tinha dormido profundamente, sem pesadelos, sem sobressaltos. Apenas calor. Apenas a firmeza de um peito masculino sob sua bochecha, o batimento constante que a embalara até adormecer.
Dante.
Sua respiração tranquila indicava que ele ainda dormia. Parecia diferente assim, relaxado, sem a rigidez habitual nas feições, sem a sombra de perigo constante em seu olhar.
Parecia outro homem. Um mais humano. Um que, se ela não o conhecesse, poderia imaginar como alguém alheio a todo aquele mundo criminoso.
Mas ela o conhecia.
E por isso não sabia se a admiração que sentia naquele instante era genuína... ou apenas medo disfarçado de algo mais.
Porque Dante Bellandi era um homem perigoso.
E, mesmo assim... ela não queria se afastar.
Mas também... não podia ficar.
Confusa, Svetlana saiu da cama com cautela, certificando-se de não acordá-lo.
Ele resmungou no sono e se mexeu um