A primeira coisa que Dante fez ao despertar foi ordenar que todos fossem retirados das masmorras. Depois de ver Svetlana naquele estado, não lhe parecia sensato manter Olivia e Enzo sob aquelas condições. Uma semana já era castigo suficiente. Fiorella, por outro lado, era um caso à parte — ele ainda tinha um acerto de contas com ela.
— Tragam-na até mim — ordenou com voz firme, enquanto se acomodava em seu escritório, os cotovelos apoiados na mesa e os dedos entrelaçados.
Sua cabeça ainda pulsava sob o peso de tudo o que havia acontecido. A imagem de Svetlana, quebrada e vulnerável em seus braços, o assombrava com uma insistência insuportável.
Quando a porta se abriu e Fiorella entrou, já estava banhada e vestida, impecável, como se nada tivesse ocorrido. Parou a poucos passos de sua mesa e inclinou levemente a cabeça num gesto de respeito, mas os olhos transbordavam arrogância.
Dante não perdeu tempo.
— O que foi que aconteceu? — perguntou sem rodeios, sua voz cortante como um chicot