Svetlana caminhava pelo longo corredor, mergulhada em confusão e dúvidas. As altas colunas adornadas com detalhes dourados pareciam se fechar sobre ela, como se a própria mansão quisesse aprisioná-la em seu labirinto de sombras e segredos. Seus passos ecoavam no silêncio, e sua mente fervilhava de perguntas. Seria verdade o que Dante dissera? Poderia mesmo ir embora quando quisesse, ou era apenas mais uma armadilha em seu jogo de controle?
O homem que a escoltava permanecia impassível, com o olhar fixo à frente e a postura rígida. Mas antes que chegassem ao destino, uma figura surgiu no caminho. Fiorella, com ares de superioridade, bloqueou a passagem. Seus olhos escuros a examinaram de cima a baixo, carregados de desprezo.
Svetlana a encarou com firmeza, sentindo uma chama de raiva acender-se em seu peito. Não conseguiu impedir que as palavras escapassem de seus lábios com dureza:
—Mentirosa.
Fiorella arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços sobre o peito.
—Desculpa? Está falando c