Helena
A madrugada mal começara e, mesmo assim, eu já sentia o peso dos olhos pesados sobre mim. Sentada no sofá da sala, o silêncio da casa contrastava com o turbilhão de pensamentos e sentimentos que me consumiam. Cada lembrança da noite anterior com Henry me vinha à mente como uma chama que queimava por dentro — intensa, perigosa, impossível de ignorar.
Foi quando o telefone tocou, quebrando o silêncio como um trovão. Com mãos trêmulas, atendi.
— Helena? — a voz do meu irmão mais novo soava aflita do outro lado da linha. — Preciso que venha rápido para casa. Está acontecendo algo estranho com papai.
O coração me apertou. Minha família era tudo para mim — eles eram o motivo pelo qual eu ainda suportava Leonardo, apesar de tudo.
Peguei as chaves do carro, troquei de roupa rapidamente e saí sem olhar para trás. O carro parecia deslizar pelas ruas da cidade enquanto minha mente corria tão rápido quanto ele. Henry estava longe, em casa, e eu precisava estar com os meus.
Henry
Não conseg