CINCO ANOS DEPOIS
O sol de Positano tinha um brilho diferente naquela manhã. Dourado, cálido, como se o próprio Mediterrâneo se curvasse em reverência àquele cenário de celebração. As ondas batiam suavemente na areia clara da praia privativa da família Bianchi, e o som ritmado se misturava às risadas infantis que ecoavam pelo ar.
Marina Salles estava descalça, os pés afundados na areia fina, observando a pequena figura correndo à beira do mar. A filha deles, Chiara, usava um vestidinho branco que balançava ao vento, os cachos escuros colando-se à testa enquanto ela tentava capturar uma concha antes que a água levasse embora.
— Vai acabar molhando o vestido, piccola — Dante disse, rindo, com as calças dobradas até os joelhos, pronto para correr atrás da filha a qualquer momento.
A menina apenas gritou “papà!” e saiu correndo mais rápido, fazendo Dante soltar uma gargalhada sincera — aquele tipo de riso que ele só aprendeu depois de conhecer Marina.
Marina observava os dois, e o coraçã