Eu não conseguia dormir naquela noite.
O beijo dele — aquele primeiro toque proibido — ainda ardia nos meus lábios como uma marca invisível. Não era apenas lembrança. Era presença. Era promessa. Era aviso.
Fechei os olhos tentando ignorar o desejo latejante no meu corpo, mas quanto mais tentava, mais ele tomava espaço. Dante havia mexido em algo que eu jurava estar bem trancado: minha necessidade de sentir — não apenas pensar. Dormir tornou-se impossível.
Quando finalmente o relógio marcou oito horas, eu já tinha desistido da ideia de descanso. Tomei banho tentando acalmar meus pensamentos, mas até a água parecia lembrar o toque dele — firme, quente, inevitável.
Ao entrar no elevador do prédio para o próximo encontro com ele, meu corpo reagia antes da minha consciência. Meu coração batia mais rápido, minha respiração estava mais curta. Era ridículo e irracional, mas eu estava desejando reencontrá-lo mais do que queria admitir.
Quando a porta abriu, ele já estava lá.
Não se