No seu primeiro dia Raquel chega atrasada e bate num carro preto, depois descobre que é do seu chefe, Bruno Montenegro. Logo de início ele é um grosseiro, implicante com sua nova secretária. Mas ele começa olhar ela com outras olhos até tenta se aproximar, porém, a moça não dar brecha, pois tem namorado. Isso muda depois que começou a trabalhar na empresa que sempre sonhou, Montenegro Advocacia Ltda. E com isso ficou distante. O Senhor Montenegro fica sabendo da dessa distância e volta com as investidas. Mas no seu caminho aparece Wirley Castro que também se interessa na morena. E para piorar sua mãe e sócia da empresa se intromete e vai fazer de tudo pra não ficarem juntos! Como vai ficar essa relação com a mãe se metendo? E ainda tem o Wirley que não vai desistir tão fácil da morena.
Ler maisFaz três anos desde que concluí a minha graduação de secretariado executivo, sem perder tempo cursei uma pós-graduação de dez meses, para poder trabalhar na área tanto de secretariado quanto de assessora empresarial.
Foram longos anos de estudo e esforço querendo conseguir alcançar o meu objetivo, trabalhar na maior empresa de advocacia do Rio de Janeiro, Montenegro Advocacia. Era o meu sonho trabalhar nessa empresa.E quando eu acessei os sites de emprego e vi que estavam precisando de uma secretária executiva, nem acreditei no que estava vendo. Não podia perder aquela oportunidade, sem pensar duas vezes mandei o currículo para o e-mail do anúncio.Só precisei aguardar. Torcendo para que conseguisse essa vaga, eu estudei tanto, batalhei tanto. E Deus ouviu minhas orações, pois duas semanas depois eu tive minha entrevista. A responsável pelo RH gostou do meu currículo e a moça que fez a entrevista foi extremamente simpática. Disse que ia passar para o Sr. Montenegro o meu currículo, que era para aguardar que eles me ligaram.Saí de lá toda esperançosa. Cheguei em casa fui para o meu quarto, joguei a minha bolsa na cama, me ajoelhei e conversei com Deus mais uma vez. Claro que fui pedir para ele me dar aquela forcinha. Agradeci por essa oportunidade que apareceu, orei um Pai Nosso e me levante.Estou saindo da cozinha com o pote de pipoca, levando para sala pra mim e minha amiga Patrícia. Claro que antes de vir aqui, tive que aceitar suas brincadeiras sobre o meu fracasso encontro com o meu namorado. Deixo a pipoca na mesa de centro junto com as cervejas.— O que você está fazendo? Está colocando dublado? Achei que não gostasse? — digo, pegando a cerveja na mesa e dou um gole.— Sim, mas uma garota que fiquei mandou o trailer dublado. Menina, que voz é aquela, doce e muito sexy do boy, minha calcinha ficou até molhada, acredita? — caçoa, encostando-se no sofá, apontando o controle na tela para começar a série.— Que isso, hein? Patrícia, você está começando a gostar de garotos? — olho para minha amiga e começamos a rir.— Até parece, o meu negócio é com garotas, você sabe disso. Mas espera começar que você vai ver — diz, e aponta o controle para mim.Quando ia zoar o meu celular vibra, noto que é um número desconhecido. Quem está me ligando às nove da noite numa sexta-feira?— Alô? Quem fala? — sigo, irritada.— Gostaria de falar com Raquel Oliveira? — pergunta.— É ela — respondo, minha amiga diminui o volume da televisão e olha pra mim.— Aqui é Camila do RH da empresa Montenegro Advocacia Ltda, lembra que foi chamada para uma entrevista semanas atrás? — dou um salto no sofá. Não pode ser, levo a mão no rosto.— Raquel, o que houve? Está tudo bem? — Patrícia vem na minha direção, pega no meu braço e começa sacudir.— Hã? Oi? Sim Patrícia, estou bem. Para de me balançar que estou ficando tonta — peço, ela solta o meu braço.— Alô? Senhorita Oliveira está aí? Está me ouvindo? — Escuto uma voz no celular. Droga! Fiquei tão em choque que esqueci a mulher do RH do outro lado da linha.— Sim, estou aqui. — Minha amiga começa perguntar querendo saber quem é, afasto-a pedindo pra fazer silêncio. — Desculpa, pode falar... — vou para o sofá e me sento, Patrícia também se senta fazendo gestos, mas a ignoro.— Como estava dizendo, entreguei o seu currículo para senhor Montenegro e ele gostou muito, ele perguntou se você tinha alguma experiência, eu disse que não. — Escuto tudo, na parte da experiência fico preocupada. Ai, ai meu pai do céu! Bato a ponta do pé freneticamente. — E ele disse tudo bem, a senhorita vai começar na segunda-feira às nove horas da manhã, vou enviar o endereço.— EU SEI ONDE FICA! — grito, dou um pulo no sofá. A mulher fica em silêncio por um momento — Digo... Sei onde fica... — Patrícia ri da minha atitude, mas lanço um olhar de reprovação, ela para na mesma hora.— Tudo bem. — escuto uma risada no fundo da linha. — Aguardo você para explicar e mostrar a empresa. Ah... Não se atrase, senhor Montenegro detesta atrasos. — orienta a mulher.— Ok, ok. Não vou me atrasar, pode deixar. — confirmo, parecendo séria, mas no fundo pulando de alegria. Agradeço a oportunidade e ela desliga.Começo a pular e gritar sem parar, parecia que estava em Salvador.— Raquel? Raquel? — Patrícia se levanta e me fita em entender o porquê comecei a pular. — Ei, você está me ouvindo, mulher? — Segura o meu braço me fazendo parar de pular.— Hã? Oi? O que foi?— O que foi? Primeiro você ficou aí toda parada e imóvel, parecia que viu alguém morrer, agora está pulando como uma louca. Isso porque só deu um gole nela. — Pega a cerveja e começa analisar. — Só falta ter vindo batizada. — olho para a minha amiga e começo a rir.— Patrícia, a cerveja não está batizada. — Pego a cerveja da sua mão, colocando na mesa. — Vamos nos sentar que te explico o que aconteceu, ok.— Está bem... Mas se você tiver mentindo... — aponta o dedo pra mim.— Não estou. — sorrio. — Posso contar? — balança a cabeça que sim. — Se lembra que mandei o currículo e duas semanas depois fui chamada para uma entrevista?— Claro que lembro, você só ficou falando isso durante uma semana. Que a tal mulher do RH ia levar seu currículo para o tal Monteiro, se ele gostasse você seria chamada — diz a minha amiga.— Isso, amiga, não é Monteiro e sim Montenegro. — ela balança os ombros, como se dissesse "tanto faz". Não aguento e começo a rir, mas logo paro e continuo. — Vou trabalhar na Montenegro Advocacia como secretária executiva! — revelo, ela fica imóvel ali na minha frente, faço gestos e nada, começo a ficar preocupada com a minha amiga.Então dou um beliscão no seu braço e ela dá um salto do sofá gritando de dor. Ufa, ela está bem.— Merda, Raquel! Porque diabos você fez isso? — alisa o braço, gemendo de dor do beliscão que dei.— Era o único jeito, você ficou paralisada no sofá — digo, me levantando do sofá e ficando na sua frente.— Que exagero, mas esquece isso. É sério mesmo? Você vai trabalhar naquela empresa que você sonhou tanto? — balanço a cabeça confirmando. — Caramba, Deus ouviu suas preces, hein? — ela diz, voltando a se sentar no sofá.— Sim... Estou tão feliz, sabe? Um sonho sendo realizado... Vai ser tudo... — ela me corta.— Tudo de bom? — completa ela, nos olhamos e começamos a rir.— Sim e mais um pouco... — o meu rosto chega a doer de tanto sorrir. Ela se vira e me fita.— Mudando de assunto, Fabrício sabe que você mandou o currículo? Melhor, qual vai ser a reação dele ao saber que você vai trabalhar nessa empresa, porque se me lembro, ele não gostou nadinha dessa ideia — relembra Patrícia, me fazendo lembrar quando falei para o meu namorado que queria muito trabalhar na Montenegro Advocacia.Ele fez um drama para eu não mandar o meu currículo, me proibiu de fazer isso. Até parece. Ele tem que entender que é o meu sonho.— Ele pensa assim porque acha que vou trocá-lo por um bilionário engravatado sadomasoquista. — na hora, a Patrícia começa a gargalhar. E lembramos quando nós três fomos para o cinema assistir ao filme cinquenta tons de cinza, ver aquela delícia do Christian Grey. Confesso que ia amar trocar de lugar com aquela mocinha do filme.— Até que não seria mal, né? — pisca pra mim e finjo que nem escutei esse comentário dela.Ela acha que estou perdendo tempo numa relação sem futuro, tipo, estamos juntos faz cinco anos, ele não para em serviço nenhum e sempre tá pedindo dinheiro e quando saímos eu que pago. Eu gosto do Fabrício, foi o primeiro a quem me entreguei, vamos dizer assim. E sei que ele sente alguma coisa por mim... Mas demonstra de um jeito diferente, só isso...— Ei, já está começando — avisa Patrícia, me cutucando com o cotovelo, que tira dos meus pensamentos. — Está tudo bem? — me fita.— Sim. — ergo meu braço para pegar a cerveja. Ela aproveita e pega a sua.— Vamos comemorar! Brindar que você conseguiu esse emprego, que você merece — comenta minha amiga.— Sim, sim. — concordo logo tomamos um gole e começamos assistir a série. Não vejo a hora de chegar segunda-feira para começar a trabalhar.Um mês depoisDepois que recebi alta do hospital e fiquei um mês de licença em casa, descansando. A Patrícia ficou o tempo todo comigo, cuidando de mim. Bruno me ligava todos os dias, todo atencioso. Agora estou de volta ao trabalho. Trabalhei muito hoje. Caramba! Estou muito cansada, mas estava com saudade dessa correria.Ajudei o Bruno no seu caso com um dos clientes aqui da empresa, ver ele no julgamento foi incrível! Agora perto das dez da noite, estou terminando sua agenda de amanhã. E de repente o interfone começa a tocar. Paro que estou fazendo e vou atender.— Sim?— Por favor, senhorita Oliveira. Compareça à minha sala imediatamente! — Ordena. Respondi que sim. Coloquei o gancho no interfone, me levantei e fui para a sala do meu chefe.— Senhorita Oliveira, fecha a porta, por favor! — Já dentro da sua sala faço o que ele ordenou. Fechei a porta. Ele se levantar da sua cadeira e vem até a minha direção.Pega pela a minha cintura me puxando para si. Me beija, seus lábios tocand
Estava ali, diante da Raquel. Estava olhando para ela e pensando no que ela acabou de me pedir. Amigos? Apesar de tudo, ainda gosto muito dela… Mas a vendo assim, decidida ela quer ficar com o Bruno. Não posso a obrigar a ficar comigo…— Wirley? Wirley? — Ela me chama. Levanto a cabeça e olho para ela.— Sim? — Respondi, ela continua me fitando.— Então… Você aceita de sermos amigos? — Ela pergunta mais uma vez. Abaixo a cabeça e penso por um minuto. Depois levanto da cama e vou para seu lado, ela continua olhando para mim. Levo minha mão na sua cabeça e acaricio nos seus cabelos negros macios, noto que fechou os olhos sentindo o toque. Me inclino e a beijo. Ela abre os olhos e sorri para ela, levanta a sobrancelha.— Sim Raquel. Vai ser uma honra ser seu amigo. — Sussurro no seu ouvido. Ela se emociona, cai uma lágrima no seu rosto. Ergo minha mão no seu cenho enxugando. Logo entra a amiga da Raquel.— O que aconteceu? Ele fez algo com você? — Vem até a cama perguntando e olhando par
Pronto. Está tudo pronto aqui. Dou a volta na mesa e deixo na gaveta. Quando estava indo para a porta, meu celular começou a tocar. Só falta o Sérgio desmarcar mais uma vez. Puta merda! De novo não! Tirei o celular do bolso, de novo. Vi o número da chamada e era do fixo de casa. O que será que aconteceu?Apertei o botão para aceitar a ligação e logo reconheci a voz.— Alô, meu menino? Está me ouvindo?— Oi Maria! Sim, estou ouvindo. Tudo bem? — Pergunto, estou no meio da sala. Fiquei curioso. Por que a Maria estaria me ligando? — Comigo está bem, meu menino. Mas a sua mãe…— Minha mãe? O que aconteceu com ela? — Inquirir, ela não respondeu a minha pergunta. Começo a ficar apreensivo e acabo alterando o tom de voz. — Maria, não vou perguntar de novo, por favor, responda: O que aconteceu com a minha mãe?— Está bem, está bem! Não precisa ficar nervoso! Vou dizer… Mas você tem que prometer que não pode falar pra sua mãe que eu disse? — Ela pede. O que deve ser para eu não contar para a
Estou do lado de fora esperando a enfermeira vir para me dizer se posso vê-la. Estou muito ansioso. Apesar da própria enfermeira me garantir que ela está bem, mas quero ver com meus próprios olhos. Droga! Como está demorando! Será que a Raquel não quer me ver? Ando para um lado e paro o outro. Logo vem a enfermeira.— Falei com ela e o senhor pode vê-la. Mas não esquece que não pode demorar, mesmo ela estando bem. Ouviu? — Orientou a enfermeira, me fitando.— Sim, sim. Não vou demorar. Só quero mesmo saber se está tudo bem. — Ela deu passagem e deixou-me entrar. Assim que entrei estava ela deitada com um lençol tapando suas pernas. Uma garota loira de frente para ela. Acho que estava vendo o machucado. Dou um passo para frente, a Raquel me ver. Mas seu semblante é… Assustada? A moça loira nota a sua fisionomia.— O que foi Raquel? — Ela não respondeu. A moça se levantou e virou-se e me viu. É amiga da Raquel. Então ela vem pra minha direção.— Oi Pat… — Ela me da um tapa no meu rosto
Estava ali diante da Elena esperando ela dizer o hospital que a Raquel está, mas fica calada. Porque ela não quer me falar? Será que Bruno falou com ela?— Por favor, Elena. Me fala! Qual hospital a Raquel está! — Insisto, pego na sua.— Eu não posso contar… A Raquel precisa descansar depois o que ela passou… — Ela se afastou e apoiou-se na sua mesa com a mão no seu braço.— Mas foi tão grave assim? Ele bateu muito nela? — Pergunto me aproximando e encostando-me à mesa também.— Wirley! Ela levou um tiro! — Ela exclama me fitando.— O QUÊ? A RAQUEL LEVOU UM TIRO? — Esbravejo dando um pulo, elevo as mãos na cabeça não acreditando.— Wirley se acalme. — Ela foi até a porta e trancou. Depois ela vem até mim e colocou suas mãos nas minhas costas. — Não fica assim! Ela está bem.— Mas foi por minha culpa que aquele desgraçado a machucou! E pensar que estava em outro lugar… — Virei o meu rosto. Me lembrei que fui no apartamento da Letícia. Merda! Minha Raquel.— Wirley? Não é culpa sua… — A
Estava na minha mesa me preparando para negociação com o meu cliente e seu chefe. Meu celular começou a tocar. Quem será que está me ligando? Será que é… Ela? Atendi a ligação. — Alô? Quem está falando? — Oi Wirley. Queria saber se você vai vir aqui? — Pergunta. Reconheci a voz e bateu um desânimo. Está esperando que a Raquel me ligasse, mas faz dois dias que não liga para mim? — Oi Letícia. Eu não sei, agora estou terminando de arrumar a minha pasta que vou fazer uma negociação. — Digo olhando para o lado, não consegui disfarçar o meu desalento. — Está tudo bem? Parece triste, ainda está pensando naquela biscate? — Questiona a Letícia. Afastei o celular para não ouvir ela falando da Raquel, apesar do modo como nos separamos… E de repente alguém tocou no meu ombro, me virei para ver e fui golpeado. Acabei perdendo o equilíbrio e caí no chão com o celular na mão. Que porra foi isso? Esfrego os olhos e olho para cima. Nem acreditei no que estava acreditando? — Wirley? Está aí? Wir
Último capítulo