Capítulo 111
Mason Hart
O lugar lembrava uma favela. Se estendia à minha frente como um labirinto de becos e telhados improvisados. Casas mal-acabadas, postes tortos e fios elétricos pendurados como teias de aranha. Um lugar perfeito para se desaparecer… ou para morrer sem deixar rastro.
Se entrasse com o carro, chamaria atenção e seria visto em segundos. Precisava de outro plano. Ajustei a pistola na cintura, conferi o silenciador e organizei meu kit: luvas finas, faca de lâmina curta, carregadores extras, e uma pequena corda. O básico. Não preciso de muito quando estou sozinho.
Observei a rua. Um carro velho descia em direção ao morro. Me aproximei, e no momento em que ele reduziu para desviar de um buraco, me agarrei discretamente ao para-choque traseiro, me apoiando num trinco que estava adaptado na porta. O corpo rente ao veículo, o peso distribuído entre braços e pernas. O motor roncava baixo, e cada vibração subia pelas minhas mãos.
O carro entrou na comunidade sem alarde,