Capítulo Vinte

Bruna saiu do Hanok com passos lentos, como quem teme romper o encanto ao atravessar a soleira. A brisa vinda do mar a envolveu, erguendo a barra do vestido de algodão e arrepiando sua pele quente. Caminhou pela rua de areia batida, os pés descalços buscando o frescor da noite, mas o calor que ardia dentro de si era imune ao vento.

Ela sabia que deveria apenas seguir em frente, esquecer aquele olhar, aquela voz, aquele sorriso inclinado que parecia sempre saber mais do que dizia. Mas não conseguia. Cada gesto dele, cada frase — mesmo as mais simples — deixavam nela uma impressão profunda, quase como um perfume entranhado na pele.

Parou por um instante à beira da praia, onde a vila se desfazia em sombras, e deixou que a água fria lambesse seus pés. Fechou os olhos, tentando recuperar o equilíbrio, mas em vez disso a imagem dele invadiu sua mente: as mãos ágeis manejando a faca, o olhar oblíquo cravado no dela, a voz grave perguntando se ela gostava de cois
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