Jae-Hyun fechou lentamente a porta do Hanok, o discreto tilintar do sino marcando o fim daquela noite intensa. O aroma de gengibre, alho e óleo de gergelim ainda pairava no ar, misturado ao perfume delicado que Bruna deixara impregnado no espaço. Ela se fora há poucos minutos, e, mesmo assim, parecia ocupar cada centímetro do restaurante como uma presença invisível, quase palpável.
Encostou-se ao balcão de madeira e soltou um suspiro longo, deixando o corpo relaxar. Não podia negar: havia algo nela que o atraía com uma força silenciosa e inevitável. Não era apenas a beleza, embora ela fosse evidente e natural — pele dourada pelo sol, cabelos soltos que pareciam carregar o sal do mar, olhos que escondiam mais do que mostravam. Era também, e talvez principalmente, aquela resistência contida, a maneira como ela se retraía, como quem teme o abismo do próprio desejo.
E isso o instigava.
Jae-Hyun aprendeu cedo, na cozinha e na vida, que nem tudo se conquist