O quarto estava envolto em uma penumbra suave, as cortinas leves dançavam com a brisa salgada que atravessava a varanda e misturava-se ao aroma adocicado das flores silvestres. Bruna se remexia inquieta entre os lençóis de algodão, a pele úmida, os lábios entreabertos, os dedos apertando com força a borda do travesseiro.
O sonho era tão vívido, tão intenso, que se confundia com a própria realidade.
Ela se via caminhando pela praia deserta, o sol poente tingindo o céu em tons de fogo e mel, a areia morna acariciando os pés descalços. O mar sussurrava uma música de desejo e promessa, e à frente, parado, esperando por ela, estava ele: Min Jae-Hyun.
Vestia uma camisa branca entreaberta, que deixava à mostra o peito firme, a pele dourada pelo sol da vila. Os cabelos escuros caíam displicentes sobre a testa, e os olhos — ah, aqueles olhos — a devoravam com uma fome silenciosa, como se soubessem exatamente o que ela escondia sob suas camadas de resistência.<