De volta à vila, Bruna caminhava devagar pela rua de pedras irregulares, como quem tenta retardar a chegada a um destino que, na verdade, não quer alcançar. O final da tarde tingia o céu com tons quentes de laranja e púrpura, enquanto as sombras se estendiam pelos pequenos sobrados coloridos, as fachadas enfeitadas com vasos de flores pendurados.
O cheiro do mar ainda impregnava sua pele e os cabelos úmidos, entrelaçado agora com o aroma adocicado do jasmim que se derramava de uma trepadeira próxima. Cada passo era leve, mas a mente pesava, saturada de pensamentos que Bruna não sabia como organizar.
Ela apertou o tecido fino do vestido contra o corpo, sentindo a brisa fresca da noite que se aproximava e, com ela, a lembrança incômoda do olhar de Jae-Hyun, fixo nela, silencioso, intenso demais.
Desde o passeio de barco, desde aquele momento em que o viu, meio homem, meio deus, saindo das águas com o corpo reluzente e os olhos cravados nos dela, algo de