O sol começava a se inclinar no céu, tingindo de âmbar e coral as águas tranquilas da enseada, quando Bruna avistou Gabriela se aproximando, os pés afundando na areia fofa, o vestido de linho branco esvoaçando em harmonia com o vento morno do final de tarde.
Bruna estava sentada na varanda da pousada, com um livro fechado sobre o colo e o olhar perdido no horizonte, onde o mar e o céu se fundiam num azul sem fim.
— Tá aí, murchando na sombra? — provocou Gabi com aquele sorriso que parecia sempre estar a um passo da travessura.
Bruna sorriu de canto, mas não respondeu de imediato. Ela ainda sentia, como uma memória tátil impregnada na pele, a agitação da noite anterior — o nome de Jae-Hyun escapando de seus lábios, o corpo arqueando-se sozinho no escuro do quarto, o desejo confessado na mais íntima solidão.
Gabi não esperou convite e se sentou na cadeira ao lado, cruzando as pernas com natural elegância, enquanto inclinava o corpo, fitando a a