O amanhecer insinuou-se timidamente pelas frestas de madeira da palafita, tingindo o quarto com tons quentes e dourados que se misturavam ao aroma adocicado da maresia e ao perfume ainda fresco do desejo satisfeito.
Bruna abriu os olhos devagar, como se quisesse prolongar aquele estado de quase inconsciência, aquele instante suspenso entre o sonho e a realidade.
Sentia o calor do corpo de Jae-Hyun ao lado, o braço dele ainda repousando sobre a sua cintura nua, o peito dele subindo e descendo num ritmo tranquilo, quase hipnótico.
Ela sorriu, deixando-se ficar ali, imóvel, apenas sentindo: o lençol amarrotado sob sua pele ainda úmida, a brisa salgada que atravessava a varanda aberta, o som macio das ondas quebrando suavemente sob a palafita.
E, acima de tudo, a presença dele.
Virou-se devagar, apoiando-se sobre um dos cotovelos, e ficou a observá-lo — os traços orientais ainda suavizados pelo sono, o