O aroma quente do gengibre fresco e do óleo de gergelim se espalhava pelo pequeno restaurante à beira-mar, misturando-se com a brisa salgada que entrava pela ampla janela aberta. Min Jae-Hyun limpou cuidadosamente a lâmina longa da faca de sashimi, os movimentos precisos, quase coreografados, repetidos tantas vezes que se tornavam uma extensão do próprio corpo.
As tábuas de madeira clara sobre o balcão estavam perfeitamente organizadas, com peixes cortados em fatias translúcidas, arroz moldado com firmeza e folhas de shiso que exalavam um perfume fresco, herbáceo. O restaurante parecia um quadro de serenidade e ordem — mas dentro dele, dentro daquele peito onde o coração batia silencioso, havia um tumulto irreprimível.
Desde a noite do luau, não a via.
Bruna.
Seu nome vinha à mente sem aviso, como uma lembrança tatuada sob a pele. Ele ainda podia sentir, com uma nitidez dolorosa, o toque macio de sua mão hesitante na beira do mar, o sabor sal