Bruna se encolheu na espreguiçadeira de madeira rústica da varanda, abraçando os joelhos, enquanto observava o mar distante tingido pelo alaranjado do pôr do sol. O som das ondas misturava-se com a brisa salgada e o canto ritmado dos pássaros que sobrevoavam as copas altas dos coqueiros.
Ela suspirou, afundando o rosto entre os braços, como se pudesse se esconder não só do mundo, mas principalmente de si mesma.
— Dá pra parar com esse drama todo? — perguntou Gabi, surgindo na porta com sua habitual leveza e um sorriso provocante nos lábios.
Bruna ergueu os olhos lentamente, encarando a amiga, que caminhava até ela com passos descalços e seguros, os pés ligeiramente sujos de areia, o short jeans curto revelando as pernas bronzeadas e a blusa larga deixando à mostra parte do biquíni preto.
— Não é drama… — Bruna tentou justificar, mas a voz saiu fraca, trêmula.
Gabi se aproximou sem pedir licença e, ao invés de sentar na cadeira ao lad