AMAYMON SEVEN
— Então..
Ela fica esperando, um pouco ofegante pela raiva. Fixo meu olhar no movimento suave do seu pescoço em uma respiração sem ritmo.
— Por que não faço? Por que não te fodo?
— Sim. Você pagou por isso.
— Pelos homens do seu passado, pelas marcas em seus braços, pelo jeito que uma mulher de apenas vinte e um anos já tem o olhar de quem foi quebrada. — Nesse momento toda raiva em seu olhar some. — Se eu te obrigar a ficar comigo porque paguei, não serei diferente deles. — Ai está a resposta. Era por isso que controlava meu desejo. Sem contar que a idade dela é bem próxima da idade do meu filho mais novo.
Eu vi as marcas de agulhas em seus braços, notei o tom doloroso como fala dos seus antigos clientes. Muitas prostitutas tem passado doloroso, mas com ela me importo mais do que deveria. Uma vontade estranha de voltar no tempo para matar cada um que a feriu de qualquer forma.
— O senhor me investigou? — me olha preocupada.
— Não. Te dei a minha palavra e cumpri com ela