SELENA
O feitiço que selava a cela era antigo, mas os antigos sempre subestimam as novas gerações.
Selena esperou a lua subir, esperou Maelis baixar a guarda e as velhas magas se recolherem.
E então, com a respiração firme e os dedos trêmulos de raiva contida, ela quebrou o selo de contenção.
Não com força.
Com precisão.
Fez o que nenhuma outra havia ousado fazer: usou o próprio vínculo como arma.
Sussurrou o nome dele.
Não em voz alta.
Mas com a essência.
Rurik.
As runas arderam. As paredes gemeram. E a cela cedeu com um estalo seco.
As magas correram ao ouvir a ruptura, mas era tarde.
Selena já atravessava os corredores do templo como uma sombra viva.
Cada passo era um desafio.
Cada feitiço lançado contra ela, absorvido ou refletido.
Quando chegou aos portões do bosque sagrado, ouviu gritos atrás.
— Selena! Você está condenando todos nós!
Ela não respondeu.
Ela não estava fugindo.
Estava indo ao encontro do que era dela.
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RURIK
O sangue ainda escorria pelos braços quando ele paro