O templo ruía em silêncio.
O ar pesava como chumbo, saturado de cinzas e magia quebrada.
O chão, rachado e úmido, ainda pulsava em alguns pontos — como se a própria terra respirasse, corrompida.
Selena estava de pé por milagre.
Ou por puro instinto de sobrevivência.
À frente, Rurik era mais sombra do que homem.
Seu corpo nu, coberto de arranhões, marcas de garras e lama, se contraía com cada respiração.
As pupilas douradas oscilavam entre a racionalidade e a fome.
E mesmo em silêncio, ele parecia rosnar.
A energia entre eles era um campo minado.
Cada passo que ela dava, o Elo puxava, reagia, sussurrava: toque, tome, destrua.
Selena não se aproximou.
Não ainda.
— A coisa dentro de mim… ela deixou rastros — disse, tocando o ventre, onde a marca ainda pulsava.
— Eu sei. Senti quando a sombra tocou o Elo.
Rurik deu um passo, e ela recuou instintivamente.
Mas parte dela queria o oposto.
Queria que ele a prensasse contra o altar e provasse que ainda era o macho dominante do vínculo.
Essa pa