Rurik estava de joelhos na pedra sagrada da alcateia.
Nu.
Sozinho.
Sangrando.
As garras haviam crescido involuntariamente durante a noite.
A pele entre os ombros ardia como se o lobo dentro dele tentasse rasgar para sair.
Mas não era lua cheia.
Era ela.
Era o Elo.
— Merda… — rosnou, arqueando as costas com a dor.
As marcas no peito brilhavam com um tom rubro, pulsando ao ritmo do coração de Selena.
Ele sentia. Tudo.
A raiva dela.
A vergonha depois do gozo.
A confusão. O medo.
E… porra… o desejo.
A cada segundo sem ela, o instinto gritava.
A fome era maior que física. Era metafísica.
Ele precisava dela.
Não por carinho.
Não por amor.
Mas porque o lobo não aceitaria outra pele.
Outro cheiro. Outra carne.
— Está perdendo o controle, Alfa — a voz de Ezra, seu beta, cortou o silêncio como lâmina.
Rurik não olhou.
Estava ocupado demais lutando contra si mesmo.
— Tire todos do território.
— Vai transformar?
— Se ela não voltar até o anoitecer… sim.
Ezra hesitou.
— Ela é só uma bruxa.
Rurik r