A Matriarca estalou os dedos sobre a tigela de prata.
O sangue ferveu.
As imagens que se formavam na superfície tremulavam, mas estavam ali: Selena e Rurik, unidos por uma magia que jamais deveria existir. Uma conexão que fazia o próprio Véu se contorcer.
— Isso não é apenas um erro — ela murmurou. — É uma afronta ao equilíbrio.
Ao redor da câmara ancestral, as bruxas mais antigas mantinham-se em silêncio. Nenhuma ousava contrariá-la, mas todas sentiam o que ela sentia: medo. Não do casal — mas do que eles haviam despertado.
Uma delas, a mais jovem do círculo, deu um passo à frente.
— Devemos chamar os Vigias?
A Matriarca virou lentamente os olhos escuros para ela.
— Os Vigias estão mortos há séculos.
— Então... o que vamos fazer?
A resposta veio como um corte.
— Acordá-los.
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Rurik sentia o pulso dela como se fosse o dele.
Desde a explosão de magia, algo entre eles havia mudado. E não era apenas conexão emocional ou física — era mais primal. Mais bruto. Como se suas almas estivesse