08. Proximidade perigosa
Minhas mãos suavam frio. A proximidade entre nós estava me deixando tonta.
Saí daquele terraço com raiva.
O ar gelado do corredor não aliviava o calor que ele deixava no meu corpo.
Me recostei contra a parede de pedra, tentando controlar a respiração. Ele tinha me encurralado, quase como se estivesse marcando território. Mas por quê? Ele nem gostava de mim. Ou gostava?
A vibração do celular me despertou. Para minha surpresa, havia sinal ali.
Era Magie.
Atendi no segundo toque, a voz dela veio carregada de tensão.
"Como estão as coisas, Carol? Os advogados estão recorrendo sobre a revogação do contrato, mas o Zion não vai facilitar."
Mordi o lábio inferior, sentindo uma pontada de angústia no peito.
"Claro que não facilitaria. Mas as coisas estão indo..."
"E o trabalho?"
"O novo chefe... é uma pessoa complicada." sussurrei, olhando para o chão.
"Como assim?"
"Nós dormimos juntos." murmurei, baixinho.
"O QUÊ?" ela praticamente gritou do outro lado da linha.
"Ainda não nos conhecíamos,