Ele estacionou em frente a um hotel modesto, e quando a porta atrás de nós se fechou, ele segurou a minha cintura, me puxando para mais perto, e eu arfei. Seu corpo era quente, como se pudesse me proteger do frio.
A lembrança de Zion ainda pairava sobre a minha mente, mas eu queria esquecer.
Eu me inclino para ele, sentindo suas mãos grandes e firmes arrancarem minha jaqueta e em seguida o meu vestido.
Quando em seguida lentamente ele tira minha calcinha, e então solta um gemido profundo, e separa as minhas coxas, dando uma visão ótima para ele.
Seguro seu rosto e memorizo cada detalhe do mesmo, sua barba por fazer,seus cabelos desgrenhados.
Puxei seus cabelos castanhos enquanto minhas pernas se entrelaçaram em seu corpo. Seus lábios traçaram um caminho quente pelo meu pescoço, e eu me perdi completamente na sensação. Meus dedos cravaram em seus ombros firmes, sentindo a tensão dos músculos sob a minha pele.
O desejo queimava dentro de mim como um incêndio incontrolável. Eu não queria pensar, não queria lembrar de nada. Apenas sentir.
Ele roçou os lábios contra o meu ouvido e sussurrou algo que me fez arrepiar inteira. Sua voz rouca, baixa, carregada de promessa.
Meu corpo respondeu antes da minha mente. Minhas unhas deslizaram por suas costas, e seus lábios voltaram a capturar os meus com urgência.
Eu era incapaz de pensar racionalmente por conta do prazer que estava recebendo. As mãos dele seguram meus cabelos, enquanto ele se posiciona, um grito sai da minha boca. Isso era mais do que esperei.
Sua respiração está acelerada, ele não se move rapidamente até que eu me acostume. Mas logo após morder lentamente o meu pescoço, ele empurra novamente com força.Eu poderia dizer que não gosto de sexo selvagem, brutal, mas pelo contrário, era o melhor da minha vida, considerando que só tive Zion.
Ele aperta meus cabelos com mais força, desfazendo os cachos ondulados do mesmo. Meus olhos se mantêm sobre os dele enquanto ele se afunda dentro de mim.
"Nossa."sussurro."
"Porra!"ele rosna." Eu sabia que te foder seria bom, mas não tão bom assim."
Eu o ouço ofegar, e quando estou atingindo meu clímax, ele aumenta mais a velocidade, chegando ao clímax junto comigo. Nossos corpos suados se deitam na cama extasiados e por um instante, tudo some.
***
Acordei desesperada. O homem já não estava mais lá, ele simplesmente foi embora.Olhei para a tela do celular
Merda! Eram 06 da manhã.
Reuni minhas coisas rapidamente, e não pude deixar de notar o relógio Cartier esquecido na mesa de cabeceira.
Seja lá quem fosse esse homem, ele não era pobre, para ter um relógio de dez mil dólares no pulso.
Foda-se. Peguei minhas roupas e o relógio, considerando a cidade pequena, caso o encontrasse um dia poderia devolver. Obviamente eu não era um ladra.
Corri pelo caminho de volta, o coração acelerado, não só pelo esforço, mas pelo pânico crescente de estar atrasada no meu primeiro dia.
O frio cortava minha pele enquanto eu segurava os sapatos nas mãos, tropeçando algumas vezes na estrada de terra. Minha cabeça latejava, talvez pelo uísque da noite anterior, talvez pelo choque da realidade batendo forte demais.
Que situação decadente!
Quando finalmente avistei a casa, minha única preocupação era entrar sem ser vista. Claro que isso não aconteceu. A governanta — ou seja, lá quem fosse aquela mulher carrancuda — já estava me esperando na porta, os braços cruzados e um olhar julgador que me atravessou por inteiro ao me ver com os sapatos na mão.
"Senhorita Hart", ela chamou, e eu me encolhi automaticamente. "O senhor Thorn deseja vê-la imediatamente."
Engoli em seco. Ótimo. Primeiro dia e já ia levar uma bronca.
"Agora?" perguntei, tentando recuperar o fôlego."
"Agora. Você está atrasada, e ele precisa do seu café da manhã antes de ir fazer suas obrigações. Ele é um homem ocupado, justamente por isso contratou uma cozinheira."
Respirei fundo, ajustei minha roupa o melhor que pude e segui a mulher pelos corredores longos e sombrios da casa. O eco dos meus passos parecia amplificar minha culpa, minha ansiedade. Quem era esse senhor Thorn, afinal?
Pela maneira rígida como falavam dele, imaginei um homem velho, amargurado, talvez alguém que fizesse questão de atormentar a vida de seus funcionários só por diversão.
Eu já havia perdido tudo, e agora, perderia o emprego que era uma droga, mas me permitia fugir de tudo.
A governanta abriu a porta do escritório, e eu entrei hesitante, sentindo o ar mais pesado ali dentro, inclusive por um retrato quebrado no chão, os estilhaços de vidro ainda eram nítidos.E então, eu vi.
Meu corpo inteiro travou e eu senti minhas pernas fraquejarem,e não dei um jeito bom como foi ontem a noite.
O homem atrás da enorme mesa de madeira ergueu o olhar para mim, e naquele instante, tudo parou.
O ar ficou preso nos meus pulmões. Meu coração saltou no peito.
Porque sentado ali, me encarando com a mesma intensidade da noite anterior, estava ele.O homem com quem eu transei loucamente
O homem cujas mãos deslizaram pelo meu corpo há poucas horas e cujo gosto ainda estava na minha boca.
E… ele era meu chefe.
Damon ThornDeixei a humana dormindo e recolhi minhas coisas o mais rápido possível para que ela não me visse saindo.Isso evitaria perguntas.Eu não costumava cometer esse tipo de erro, minha alcateia era o que era, pois não me permitia ser um fraco.Eu prezava pela discrição, mas não consegui evitar o cheiro da mulher e sua forma de me enfrentar. Talvez esse fosse o ponto: todas que eu quero abaixam a cabeça para mim, e ela não o fez. E ela era extremamente atraente.Adentro a sala de casa, e minha governanta me olha desconcertada."Preciso tomar café da manhã, Daiana. Tenho muitas coisas a resolver ainda hoje", disse sem rodeios."Senhor… eu mesma preparei o seu café. A cozinheira não chegou, eu já verifiquei no chalé, na cozinha, ela não está em lugar algum."Minha mandíbula travou, e eu murmurei:"Maldição."É isso que dá contratar humanos, eles não têm responsabilidade com nada.A última cozinheira havia pedido demissão porque era inútil, eu já estava sem paciência. Por isso ac
Caroline HartO quão azarada eu podia ser?Segui direto para o chalé, ignorando a governanta que me olhava com desdém, como se soubesse de algo que eu não sabia. Ao chegar, entrei no chuveiro sem nem pensar duas vezes. Precisava tirar o cheiro e os resquícios daquele homem do meu corpo.A água quente escorria pelos meus ombros, mas não era suficiente para afastar a sensação dele. Meus olhos se fecharam, e por um instante, senti novamente o toque firme de suas mãos, o calor que queimava minha pele, os lábios pressionados contra os meus.Soltei um gemido frustrado, encostando a testa contra os azulejos gelados.Isso não podia estar acontecendo.Meu corpo traía minha mente. Eu sabia que precisava sair desse emprego. Que não podia ficar ali, não após descobrir quem ele era. Mas a verdade é que minha vida já estava uma bagunça antes disso. E agora… estava uma bagunça com salário alto.A frustração apertou meu peito, e antes que percebesse, lágrimas escorriam com a água. Solucei baixinho, t
"Conta bloqueada."Li a mensagem na tela com incredulidade. Digitei a senha de novo. Outra vez."Conta bloqueada."Tentei outro cartão, o da minha poupança. Mesmo aviso. Um frio percorreu minha espinha. Zion. Só podia ser ele. Era a única explicação. Ele tinha poder sobre minhas finanças, sempre teve.Desde que me convenceu a colocar tudo em nome conjunto. Idiota. Ingênua."Merda."esbravejei."Saí da fila sentindo o sangue pulsar nas têmporas. As pessoas ao redor pareciam flutuar, irreais. Minha cabeça martelava com mil pensamentos ao mesmo tempo. Eu precisava trabalhar. Precisava de dinheiro. Não havia outra escolha agora. Voltar para a mansão Thorn era a única saída.Zion fez isso, porque acha que em um ato desesperado eu voltaria para Nova York e casaria com ele. Mas somente por cima do meu cadáver!Me machuquei, mas estou viva, e eu iria provar quem ele era, e se casasse, seria apenas uma marionete controlada.Caminhei de volta para casa sem conseguir prestar atenção em nada. Só p
Damon Thorn"Reforçou a segurança da propriedade?", ajeitei o terno, encarando meu beta."Sim, meu Alfa."A sala de jantar principal da propriedade estava pronta para o jantar daquela noite. Velas acesas, taças alinhadas, cristais importados e uma mesa longa, preparada para acomodar os principais alfas da região. Convidados que, apesar de aliados, nunca deixavam de ser potenciais ameaças caso eu demonstrasse fraqueza.Geralmente, eu suportava esse tipo de reunião. Alianças eram sempre bem-vindas — e minha alcateia era visada.A cozinheira estava na cozinha, mas eu já conseguia sentir seu cheiro. Estava no ar antes mesmo do jantar ser servido. Eu não precisava vê-la para saber que ela estava ali. Meus sentidos nunca me enganavam.Eu esperava que ela fizesse a comida como eu havia ordenado.Os convidados começaram a chegar. Victor, meu beta, estava ao meu lado, como sempre."Tudo pronto, Alfa."Discutimos alguns detalhes. A mesma chatice de sempre: territórios, ameaças, filhos, lobas de
Minhas mãos suavam frio. A proximidade entre nós estava me deixando tonta.Saí daquele terraço com raiva. O ar gelado do corredor não aliviava o calor que ele deixava no meu corpo.Me recostei contra a parede de pedra, tentando controlar a respiração. Ele tinha me encurralado, quase como se estivesse marcando território. Mas por quê? Ele nem gostava de mim. Ou gostava?A vibração do celular me despertou. Para minha surpresa, havia sinal ali.Era Magie.Atendi no segundo toque, a voz dela veio carregada de tensão."Como estão as coisas, Carol? Os advogados estão recorrendo sobre a revogação do contrato, mas o Zion não vai facilitar."Mordi o lábio inferior, sentindo uma pontada de angústia no peito."Claro que não facilitaria. Mas as coisas estão indo...""E o trabalho?""O novo chefe... é uma pessoa complicada." sussurrei, olhando para o chão."Como assim?""Nós dormimos juntos." murmurei, baixinho."O QUÊ?" ela praticamente gritou do outro lado da linha."Ainda não nos conhecíamos,
Caroline HartMais uma noite naquela casa. E meu sono simplesmente não vinha. O meu querido chefe Damon estava estranho. Ele parecia ter ficado com raiva após a noite do jantar, e estava me tratando com indiferença.Fiquei rolando na cama por horas, com o peito apertado e os pensamentos me sufocando. Quando finalmente levantei para tomar um pouco de ar, vi algo que me fez gelar.Um uivo cortou o silêncio da madrugada — longo, dolorido, quase humano. Olhei em volta, mas não havia nada. Apenas a escuridão e o farfalhar das árvores.Ao andar um pouco pelo jardim da mansão, notei marcas de queimadura em algumas pedras próximas ao bosque. Como se alguém tivesse acendido uma fogueira ali — ou algo muito mais intenso.Mais adiante, vi riscos fundos na casca de uma árvore. Pareciam... garras. Eu já nem sabia o que eu estava vendo.Engoli seco.Não era normal. Esse lugar não era normal. Mas talvez, minha cabeça estivesse tão cheia, que eu estivesse imaginando coisas.Na manhã seguinte, já ca
Caroline Hart.O ar aqui nessa parte da cidade, era diferente do centro de Nova York. Não era tão poluído o quanto.Pessoas se cumprimentavam sorridentes, aparentemente todos se conheciam.O mercado estava tranquilo, uma pequena pausa da rotina frenética da cidade. Eu amava esse momento.Havia algo em escolher os ingredientes com as próprias mãos que me trazia uma sensação de controle, algo que me faltava em minha vida nos últimos dias.Eu ainda estava tentando processar tudo o que estava acontecendo com minha vida.Zion havia se tornado uma sombra constante, uma presença ameaçadora que me seguia por todos os cantos. Eu bloqueei todas as suas tentativas de contato, mas ainda assim, ele me rondava.Escolhi mais alguns ingredientes para o jantar de mais tarde e, ao passar pela barraca de bebidas quentes, não pude resistir. Aquele chocolate quente parecia exatamente eu precisava.Eu pedi a bebida, sentindo o aroma doce e reconfortante preencher o ar ao meu redor, e estava prestes a tomar
Damon ThornMe inclinei na poltrona, ainda com o gosto do maldito beijo queimando nos lábios.O que aquela mulher queria fazer comigo?Caroline Hart.A humana que apareceu do nada, despedaçada por dentro e mesmo assim... perigosa. Irritantemente atraente.Ela havia me beijado. E aquilo me tirou do eixo.Fazia tempo que ninguém me tocava daquele jeito.Fazia tempo que eu não desejava alguém com tanto ódio quanto fome.E o pior?Eu queria mais daquilo.Mas não era piedade o que me fazia querer protegê-la.Era algo mais bruto. Instintivo.Primitivo.E se Zion Wallace queria vê-la destruída...Então eu começaria por ele.Me levantei da cadeira, peguei as chaves e saí da construtora — a fachada humana que usava há anos para manter controle sobre as terras. Entrei no carro e dirigi, sem pressa, pelas trilhas de terra que levavam ao coração da propriedade.A floresta era um abrigo. Ali eu respirava com liberdade.Longe de olhos curiosos.Longe de regras humanas.Estacionei perto da Casa de R