Sangue, Cinzas e Promessas
O céu do Véu jå não era o mesmo.
As estrelas haviam desaparecido, engolidas por nuvens de fumaça que pareciam respirar como criaturas vivas. A floresta â antes viva, agora apodrecida â se fechava ao nosso redor como um tĂșmulo prestes a selar seu Ășltimo segredo. E, ao longe, os olhos das aberraçÔes nos observavam. Brilhavam como fendas na noite.
A primeira a avançar foi uma criatura de quase dois metros. Sua pele era escura, coberta de sĂmbolos que pareciam pulsar com energia negra. Tinha braços longos, unhas como garras, e um focinho que se abria em uma mandĂbula com trĂȘs fileiras de dentes.
NĂŁo era um lobo.
NĂŁo era um homem.
Era o filho da corrupção.
â âEles vĂȘm em ondas,â disse Rafael, os olhos de Zahor jĂĄ tomando o controle. âAtrael estĂĄ testando nossas forças.â
â âEntĂŁo vamos mostrar que nĂŁo somos feitos para ceder,â grunhi Marco, jĂĄ transformado. Korran se lançava adiante, as presas expostas, o corpo imerso numa fĂșria antiga.
Eu fechei os olhos por um i