A Chegada da Marcada
O cĂ©u ainda estava sem lua quando atravessamos a floresta. Rafael seguia ao meu lado, em silĂȘncio, como um guardiĂŁo silencioso. Sua presença era uma muralha entre mim e o mundo, mas mesmo ele sabia que a verdadeira batalha estava dentro de mim.
A marca em minha nuca queimava como uma tocha acesa, pulsando a cada passo. Era como se a floresta inteira pudesse sentir o que havia despertado em mim â e me reverenciasse ou temesse por isso.
O portão de ferro da mansão apareceu à nossa frente, entrelaçado por galhos e sombras, como se a própria floresta relutasse em deixå-lo passar. Dois sentinelas estavam ali. Quando me viram, suas pupilas dilataram.
â Alice? â um deles sussurrou, como se meu nome fosse um fantasma.
â Sim â respondi, firme. â E quero ver Marco.
O segundo sentinela se apressou a abrir os portÔes, sem fazer perguntas. Rafael manteve-se ao meu lado, sem pronunciar palavra. Mas seu olhar percorria tudo. Ele sabia o que aquela visita representava.
Quando ent