Gil era apenas a rapariga peculiar cabelos brancos e olhos cinzentos. Vivia com quem acreditava serem os seus pais, sempre a fugir, a esconder-se, temendo ser encontrada a cada passo, perseguida por olhos vermelhos que a seguiam para onde quer que fosse. Desconhecedora da sua natureza e destino, era perseguida desde antes de nascer por aqueles que não queriam que viesse ao mundo para tudo consertar. Aren é o milenar e poderoso Alfa, acompanhado pelo seu lobo Oto. Licantropo incapaz de assumir forma humana, é o líder da matilha mais poderosa que existe. Amado por muitos e odiado por outros, sofre uma maldição lançada por uma entidade das trevas que terá de enfrentar. Aguarda pela sua Lua, a única capaz de quebrar o feitiço. Ambos descendentes de entidades divinas e poderosas que despertarão no momento certo. Um amor que os unirá para toda a eternidade, onde terão de lutar pela tão almejada felicidade. A vida fará com que estas duas almas solitárias, predestinadas pela mãe lua a unirem-se, se encontrem. Serão capazes de superar todos os desafios que as aguardam?
Leer másMarta atravessa a rua com uma mão na barriga, protegendo as vidas que carrega. O suor escorre pela sua nuca, a vertigem ameaça dobrar os seus joelhos, mas ela inspira fundo. Falta pouco. Falta muito pouco.
E então, tudo acontece.
O som de pneus cantando invade o ar como um grito. Um carro desgovernado surge do nada, avançando na direção dela como um predador. O impacto é brutal. Marta é lançada para o asfalto, seu corpo se choca contra o asfalto quente, e a dor vem antes mesmo que a consciência se apague. Seu último pensamento é uma súplica silenciosa: "Por favor… meus bebês…"
— Meu Deus! — exclama uma senhora de cabelos grisalhos, que assistiu a tudo da calçada. Sem hesitar, ela faz um gesto rápido para um homem ao seu lado.
— Ajude-a! Ligue para a emergência agora!
A mulher se ajoelha ao lado de Marta, segurando a sua mão fria, seus olhos percorrendo o rosto pálido da jovem e sua barriga grande.
— Aguente firme, querida… — sussurra, apertando os lábios.
— Você não pode desistir agora.
Populares se aproximam e cada um ajuda à sua maneira.
Os socorristas chegam em poucos minutos, estabilizam Marta e trocam olhares apreensivos ao ver o seu estado.
— O hospital mais próximo é esse aqui, mas está em reforma, um dos paramédicos hesita.
— Mas talvez não tenha recursos para esse caso, é muito complicado.
— Precisamos salvar essa mãe e o bebê. Não temos escolha!
A ambulância atravessa a avenida em disparada, a sirene cortando o silêncio do final de tarde, enquanto Marta, inconsciente, é levada diretamente para a emergência do hospital mais próximo.
Os médicos correm com a sua maca pelos corredores brancos e brilhantes, enfermeiras ajustam aparelhos, e uma equipe inteira se mobiliza. Seu quadro é crítico. A pressão dela eleva, o risco de eclâmpsia é iminente.
— Precisamos levá-la para a cesárea imediatamente! — diz um dos médicos, já vestindo as luvas cirúrgicas. — Se demorarmos mais um minuto, podemos perder mãe e filho.
Lá dentro, a equipe médica age rapidamente. O bisturi rasga a pele pálida, os monitores apitam em alerta constante. De repente, um dos alarmes dispara de maneira estridente.
— Parada cardíaca! — grita o anestesista.
A sala de parto se transforma em um campo de batalha silencioso. O suor escorre pelas têmporas dos médicos enquanto Marta, imóvel e sem forças, parece deslizar para longe. O monitor cardíaco emite um som contínuo e aterrador.
— Adrenalina, agora! — ordena o médico.
As mãos firmes pressionam o peito de Marta em tentativas desesperadas de trazê-la de volta. Uma. Duas. Três compressões.
— Vamos, Marta! — um dos médicos rosna entre os dentes, sem desistir.
— Não nos faça perder você agora!
Segundos que parecem horas se arrastam até que, por fim, um bipe solitário rompe o silêncio.
— Temos pulso! — exclama a enfermeira.
O coração de Marta volta a bater.
— Conseguimos! Vamos tirar o bebê agora!
A incisão é feita, e os médicos se apressam, mas a surpresa é grande.
— São gêmeos! — ele fala emocionado.
Logo retira. o primeiro bebê. O silêncio assombra a sala.
— Ele não está chorando… — diz a médica, já com o menino nos braços.
O pequeno corpo cianótico, os lábios arroxeados, a ausência de qualquer som. O ar pesa nos ombros de todos ali.
— Reanimação! — a voz da médica ecoa pela sala.
Massagens delicadas, uma máscara de oxigênio pressionada contra o rostinho. Segundos intermináveis.
Então, um som agudo, mas potente, ecoa pelo centro cirúrgico. O choro do menino finalmente rompe o medo, trazendo um alívio imediato.
— Ele está bem! — a neonatologista sorri, a voz trêmula.
Mas não há tempo para comemorações.
— Ainda falta um! — avisa o obstetra.
A tensão aumenta quando tentam retirar a menina, mas algo está errado. O cordão umbilical está enrolado firmemente ao redor de seu pescoço. A equipe se apressa, mãos ágeis, corações acelerados.
— O cordão está muito apertado! — avisa a médica residente.
O obstetra age com precisão demonstrando anos de experiência, corta o cordão em um movimento rápido. No entanto, a pequena continua imóvel. Nenhum som. Nenhuma respiração.
— Vamos, princesa… respire — sussurra o obstetra ao entregar a pequena para a neonatologista, que logo realiza a manobra para desobstruir as vias respiratórias.
Silêncio.
Então, o choro. Um som forte, estridente, quebrando a incerteza.
A pequena menina está viva.
Os gêmeos são levados para a UTI neonatal enquanto a equipe estabiliza Marta, que resiste bravamente. O suor misturado às lágrimas escorre pelo rosto dos médicos e enfermeiras.
Um dos médicos, visivelmente emocionado, murmura:
— Conseguimos… salvamos todos eles.
A sala de cirurgia, antes caótica, agora é invadida por um momento de pura emoção. Alguns membr0s da equipe se abraçam, outros enxugam discretamente os olhos. Mas, em meio à celebração silenciosa, há um clima indefinível no ar. Uma sensação de que aquela história não termina ali. Porque, mesmo inconsciente, Marta está prestes a encarar não apenas a realidade da maternidade, mas também os fantasmas do passado que ainda a aguardam.
Do outro lado do estado de São Paulo, sem saber, Jonathan sentiu um arrepio inexplicável ao olhar para o nada, como se algo, ou alguém, tivesse acabado de tocar seu destino. Por que, de repente, seu coração bateu mais forte sem motivo aparente?
Horas depois, um silêncio estranho paira sobre a UTI neonatal. O som ritmado dos monitores cardíacos é subitamente interrompido por um grito sufocado.
— O bebê… o gêmeo… ele não está aqui! — a voz trêmula da enfermeira ecoa pelos corredores. A confusão explode, médicos e seguranças correm em todas as direções, olhares alarmados se cruzam. O recém-nascido desapareceu sem deixar vestígios. Como algo assim poderia acontecer?
O Alfa Oto e a Lua Gil ficam ao lado do Arconte Maior Aren e sua Lua Geisi, formando um círculo sagrado de amor e união. Os quatro dão as mãos, entrelaçando seus destinos nessa cerimônia única. Os deuses observam com sorrisos em seus rostos, cientes do poder que emana dessa união.Enquanto a energia mágica preenche a clareira, um terceiro casal se aproxima com graça e elegância. Trata-se de o Beta Enril, o arconte de cor azul, e Leia, sua metade. O amor deles foi forjado na dualidade e na compreensão mútua, e agora eles estão prontos para selar sua união nessa cerimônia única.O Beta Enril, com sua pele azul brilhante e olhos cintilantes, caminha com determinação em direção ao centro da clareira. Ao seu lado, Leia irrad
Aren envolve Geisi em um abraço apertado, que o abraça com força, ambos transformados em arcontes. E eles se fundem em um beijo apaixonado. Quando ela abre os olhos novamente, não consegue acreditar que ele, sem querer, a levou para o manda, para sua bela casa.—Mamãe, papai— ela grita, correndo ao encontro de todos, que a abraçam, felizes por ela estar finalmente de volta ao seu lugar.—Bem-vinda de volta, filha— dizem seus pais, apertando-a em seus braços.Gil e Oto aparecem ao lado de Enril e Leia e todos se abraçam emocionados por finalmente serem um só novamente. Uma grande família que promete nunca mais se separar.O rebanho da Arconte Maior comemora o re
Com o passar dos anos, a ausência de Aren se torna cada vez mais dolorosa para Geisi. Ela tentou ter um relacionamento com um humano, mas, no final, não conseguiu. Ela sabe que ele se importa com ela e espera por ela porque sente a conexão entre eles.Geisi está em um estado de exaustão física e emocional quando é atacada por um homem que tenta machucá-la. Antes que ela possa reagir e se transformar em sua forma de arconte, alguém intervém e a protege. Quando ela olha para cima, encontra os olhos de Aren, que apareceu bem a tempo de salvá-la.—Aren! —, ela grita e corre para abraçá-lo com alegria, beija-o com vontade, explodindo em lágrimas, agora ela percebe o quanto sente falta dele e precisa dele, —leve-me com você Aren,
A Mãe Lua sorri e desaparece lentamente, deixando uma aura de energia mágica no ar. A cerimônia termina em silêncio reverente. Os membros da matilha olham uns para os outros, sentindo que algo não está certo, apesar do que ela disse.Enquanto isso, ao mesmo tempo na universidade, os jovens arcontes e lobisomens sentem a inquietação crescer dentro deles.—O que há de errado, Oto? —pergunta Gil, que o vê se inclinar repetidamente para fora da janela e olhar para a lua.—Não sei explicar, Gil, mas sinto que algo está acontecendo em minha matilha, sinto isso em cada fio de cabelo do meu corpo —explica o alfa Oto enquanto olha de novo pela janela.—O que
As raparigas olham uma para a outra, entusiasmadas e felizes por terem encontrado o verdadeiro amor nas suas metades. A partir desse momento, juntas, enfrentarão qualquer desafio que surja no seu caminho, sabendo que têm o amor e a proteção dos seus rapazes.Enquanto os jovens estão na universidade. Coisas estranhas começam a acontecer na alcateia de Arconte Maior. O Arconte Maior Aren havia transformado todos eles em lobisomens archon. Gradualmente, muitos membros da matilha começam a sofrer de malformações quando se tornam arcontes ou lobisomens.—O que há de errado com eles, mestre? —pergunta o Alfa Aoron, pai do Arconte Maior Aren, que ficou com seu irmão Zoran, pai dos gêmeos arcontes, para liderar o rebanho enquanto eles estudavam na universidade.<
Os arcontes gémeos Geisi e Gil olham irritados para Leia, que suspira ao ver o seu namorado beta Enril passar a bola a Aren, que marca um golo formidável. Quando o burburinho se acalma, voltam a sentar-se e continuam a conversa.—Talvez eu me deixe apaixonar —contestou Geisi sorrindo com saudade. — Quero experimentar um garoto se apaixonando por mim.—Entendo —Léia diz desapontada e pergunta à outra gémea. — E você, Gil?—Não— Gil responde olhando para a forma como o seu alfa está a jogar. — Eu quero que Oto aprenda, não que outro homem faça com que eu me apaixone.—Não seja covarde, Gil— diz Geisi, desafiando-a. —Ou vo
Último capítulo