Entre a Verdade e o Veneno
Fazia trĂȘs noites que o salĂŁo da lua ecoava meu nome como um sussurro respeitado â Elariah.
Mas, mesmo com o tĂtulo aceito e o trono resguardado, algo rastejava sob as pedras da mansĂŁo.
Algo que nĂŁo obedecia a cĂłdigos.
Algo que usava rosto familiar.
As mensagens interceptadas por Maelis eram claras: alguém dentro da mansão estava se comunicando com os traidores da floresta.
Um traço do brasĂŁo da casa de Silvarin, dissolvido entre palavras cifradas, foi a Ășltima peça que eu precisava.
â Preciso que vocĂȘs sigam todos os guardas da casa esta noite â ordenei aos meus trĂȘs. â Sejam sombras.
E se encontrarem o portador⊠não toquem.
Ele Ă© meu.
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Na terceira vigĂlia, Kael apareceu Ă minha porta.
O suor escorria pelas tĂȘmporas.
A camisa entreaberta, marcada de terra e sangue seco.
â Encontramos o traidor.
â Quem?
â Velan.
O servo de Rafael.
Minhas entranhas gelaram.
â Ele estava entregando bilhetes em um altar na beira do rio.
Mensagens amarradas com fios de prataâŠ