A Marca do Alfa
Voltamos à mansão com o corpo ainda sujo da floresta, sangue de criatura nos cabelos e o peso da batalha ecoando entre ossos e silêncios. Mas o que mais doía… era a pergunta.
Por que Marco me rejeitou?
A pergunta antiga, latente, que nunca cicatrizava, agora doía de outro jeito. Porque depois do que eu vivi naquela clareira, depois do que senti com Selyra… sabia que a rejeição não foi escolha.
Foi comando.
E comandos têm origem.
— Ele era meu par — murmurei, de pé em frente à lareira. — Não havia dúvida. Eu sentia no corpo, na alma, no calor que percorria minha espinha sempre que ele se aproximava.
Então por quê? Por que ele disse aquelas palavras?
Rafael, sentado na poltrona ao lado, observava em silêncio. Os olhos ainda carregavam o brilho de Zahor, mas seu corpo estava calmo — ou fingia estar.
— Porque ele tem medo do que você é — disse, finalmente. — Medo do que você pode despertar… inclusive nele.
Virei lentamente o rosto em direção a ele.
— O quê?
— Há uma marca,