🌑 Capítulo 27

A Dor de Quem Fica

Voltei da clareira antes do amanhecer.

Mas já não era a mesma.

O corpo ainda era meu.

Mas a pele…

pertencia a algo maior.

Karnan tinha tocado mais do que minha boca, minha pele ou minha alma.

Ele havia deixado uma marca invisível no centro do meu instinto.

E ela ardia.

Quando entrei na mansão, Marco estava na porta.

De braços cruzados.

Olhos cerrados.

A mandíbula trincada.

— Onde esteve?

A pergunta veio sem veneno.

Mas com uma dor que queimava mais do que qualquer grito.

— Com ele — respondi.

Sem mentiras.

Eu devia isso a nós dois.

Marco se afastou, como se as palavras fossem punhais.

— Ele te tocou?

Assenti, engolindo o gosto metálico da confissão.

— Ele me mostrou quem sou.

— E quem é você agora, Alice?

Uma fêmea marcada por um maldito espírito ancestral?

Me aproximei, lenta.

O medo em seus olhos era mais profundo que o ciúme.

— Eu sou a mesma que amou você.

A mesma que foi rejeitada.

Que chorou noites por um nome que me cuspia como se eu fosse poeira.

Ele engoliu
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