O Nome que a Lua Escondeu
A noite estava inquieta.
Mesmo com as tochas acesas e a floresta em silêncio, eu sentia que algo se movia abaixo da superfície das coisas.
Como uma corrente subterrânea prestes a romper a terra.
Selyra não parava de sussurrar.
> “Você precisa saber.
Precisa lembrar.
O nome que foi apagado.”
Aquela voz ecoava por dentro como um eco de vidas que eu não vivi — mas que moravam em mim.
Chamei Lira.
Ela entenderia.
Nos encontramos na sala de espelhos, no coração da mansão, onde os mais antigos rituais da linhagem da Lua eram realizados.
Ali, o passado era invocado, não contado.
Lira acendeu sete velas negras.
Cada uma posicionada diante de um espelho diferente.
Ela me olhou como se já soubesse que o que estava prestes a acontecer mudaria tudo.
— Tem certeza de que quer isso, Alice?
— Tenho certeza de que não posso mais viver sem saber.
— Saber é perder o direito de voltar atrás.
— Eu nunca tive esse direito.
Ela assentiu.
— Tire suas roupas.
Só a pele fala com os e