Capítulo 47

— Eu chamo ela. Mas ela está encrencada! — Lalinha disse, abrindo o portão.

Natan, curioso, entrou. Parou na porta da sala, nostálgico. A casa era exatamente como a sua no passado: simples, com a pintura gasta e uma atmosfera de vida humilde. Lalinha correu até o banheiro, bateu na porta e gritou:

— Tataaaa, seu amigo tá te chamando!

Ela voltou com o pudim em um prato, sentou-se no sofá surrado e ofereceu:

— Você quer um pedacinho? Eu divido. Não sou mesquinha. Entra, senta aqui. Não tem televisão, a gente vendeu. Pra me levar no médico caro, eu tô doente, sabe?

Natan, curioso, recusou o pudim e perguntou:

— O que você tem?

Lalinha o olhou com a inocência de uma criança.

— Não sei do quê. Ouvi minha mãe dizendo que pode ser câncer. Não sei o que é. Então a gente vendeu muita coisa. Até o micro-ondas, você acredita?

Natan ficou sério, surpreso com a franqueza da menina.

— Nossa. E você vai à escola?

Lalinha sorriu, revirando os olhinhos.

— Claro, né? Mas eu não gosto, nadicaaa. Desde q
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App