NARRAÇÃO DE LARA GASPAR...
Andrea se afastou para fazer aquela ligação.
Fiquei sozinha com meu pai na sala de jantar, ele observou meu prato e sorriu erguendo as sobrancelhas.
- Parece que não tocou em seu prato, se quiser pedir outra coisa...
- Não! - Forcei um sorriso, peguei pouco do purê e abocanhei. Sorri ao mastigar, nossa, odeio comer enquanto alguém me encara, ele nem mesmo desvia seus olhos, não pisca, simplesmente olha muito...
- Está bom? - Ele perguntou apreensivo.
- Uhum... - Balancei a cabeça.
- Você tem uma avó. Ela vai amar saber que sempre teve uma neta, era o sonho dela... Pensei que minha mãe iria morrer sem realizar o sonho. - Olhei para ele interessada naquela conversa.
- Me falaram que... Sua família seria capaz de me fazer algum mäl. - Meu pai diminuiu o sorriso.
- Quem disse isso? A vagabundä da Emma?! Só pode ser ela... - Meu pai riu em negação, relaxou seu corpo na cadeira. Apertou seus olhos irritado. - Ninguém iria tocar em minha única filha. Eu sinto