Duas semanas depois, o vilarejo parecia diferente. Como se, de alguma forma, o movimento ao redor da festa tivesse deixado tudo mais vivo, mais pulsante. As cores das bandeirinhas balançavam com o vento da tarde, as crianças corriam pelos corredores da escola com o rosto pintado, e o cheiro de bolo de milho, pipoca e café fresco preenchia o ar.
O pátio estava decorado com cartazes feitos pelos alunos, cada um ilustrando poesias, trechos de livros e até frases soltas que eles criaram depois das visitas que fiz às salas. A feirinha se estendia ao lado, com barraquinhas vendendo doces, artesanato e livros doados pelos moradores. Mas o ponto alto, o que fez meu coração bater mais forte, foi o pequeno palco improvisado ao fundo, com um microfone acoplado a duas caixinhas de som emprestadas pela rádio local.