Antes que eu pudesse processar completamente o pedido de Zeca, senti braços me envolvendo com força por trás.
— Alice! — a voz de Dona Gertrudes soou como um abraço em forma de palavras. — Estava com tantas saudades, minha filha!
Me virei, surpresa, e encontrei o rosto dela iluminado por aquele sorriso largo e cheio de amor que só ela tinha. Não consegui segurar um sorriso de volta.
— Dona Ge… — murmurei, rindo e me permitindo o calor do abraço. — Eu também estava com saudades!
Ela me apertou ainda mais, como se quisesse me carregar de volta para dentro de sua própria segurança. O cheiro de chá de ervas e de pão recém-assado que sempre parecia acompanha-la me envolveu, e por um instante, esqueci a música, a festa e até mesmo a tensão que eu sentira com Zeca.
— Você vai me contar tudo depois, hein? — disse ela, se afastando só o suficiente para me encarar com aqueles olhos atentos. — Quero saber de cada passo, cada emoção…
Assenti, sentindo um quentinho no peito. Era bom ter alguém ass