Baby Ortiz.
Toquei a campainha algumas vezes, porque estava desesperada demais para esperar, e já não sabia o que fazer ou para quem correr. Eu só queria ser abraçada. Queria que alguém me dissesse que tudo ficaria bem. Eu precisava que alguém dissesse que me amava, ao menos um pouco.
Carência? Eu sei. Mas sofro com complexo de abandono, e ninguém pode me julgar.
Toquei a campainha mais uma vez. Estava muito frio do lado de fora, e para piorar, eu tinha viajado a noite toda. Era, provavelmente, madrugada, agora, e eu sabia que havia uma possibilidade de que estivesse ocupada.
Cristal abriu a porta, os olhos dela estavam apertados, e ela mal parecia ter voltado totalmente para o corpo quando abriu a porta, enrolada em um edredom. Mesmo assim, de alguma maneira, não parecia surpresa por eu estar ali, o que foi bem estranho.
Pare de ser paranoica, Baby...
Eu me atraquei com ela, em um abraço de desespero, em que chorei tanto que senti minhas pernas tremerem. Cristal me segurou, por que