Dominic Lexington
Dilan entrou na minha sala, branco como um papel. – Já resolveu?
— Sim, senhor. – Disse entre dentes.
Eu ergui minha cabeça e o encarei por alguns segundos. Ele parecia ter comido algo estragado. Seu queixo se movimentava, embora ele não fosse capaz de me dizer o que tinha acontecido. Também não me olhou nos olhos, o que com certeza foi bem incomum para ele.
— Algum problema?
— Senhor, é que ela tem que conversar com o senhor. – Dilan começou. Automaticamente, eu me levantei e comecei a guardar arquivos numa pasta. – Ela tem algo para contar. Algo importante.
Ouça o que ela tem a dizer...
Minha intuição gritava dentro da minha maldita cabeça, mas eu era teimoso demais para ouvi-lo.
Eu o encarei e ele parou de falar no mesmo instante. – Quando dei a ordem, eu fui bem claro. Não. Quero. Saber. Dela! — Analisei a expressão dele, quando me ouviu dizer aquilo. O idiota parecia estar sofrendo. Só que ele não sofria mais do que eu. – Não volte a mencionar novamente. Você