Onde os fantasmas se curvam

Narrado por Zalea Baranov

Saímos da sede de mãos dadas e entramos no carro. O silêncio entre nós não era desconfortável — era um pacto tácito, um sussurro entre as sombras do que havíamos deixado para trás. A estrada se desenrolava diante de nós como uma cicatriz branca sobre a terra. E quando os portões da mansão se abriram, engolindo-nos como a boca de uma criatura ancestral, senti o peso da noite se acomodar sobre meus ombros feito um véu de sal e aço.

A noite parecia mais densa do que o habitual. As sombras não gritavam — sussurravam, como se já soubessem o que havia sido enterrado naquele subsolo. O carro deslizou pela neve e parou diante da entrada iluminada por candelabros pesados, lançando luzes vacilantes sobre a fachada ancestral. Era como voltar de um campo de batalha com os ossos estalando de silêncio.

Leonid saiu primeiro, rodeando o carro para abrir minha porta. O gesto era simples — mas naquele instante, era como se ele me puxasse de um mundo e me entregasse a outro. O
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