Quando Zara voltou para Brisa do Mar, percebeu que Orson já havia chegado antes dela. Ao lado de seus pés estava uma mala aberta, e em suas mãos ele folheava alguns documentos.
Ao ouvir o som da porta, ele levantou a cabeça primeiro. Os olhares dos dois se cruzaram, mas Zara, de repente, não sabia o que dizer.
Quando ela estava prestes a desviar o olhar, Orson quebrou o silêncio:
— Vou viajar a trabalho.
— Ah.
— Para os Estados Unidos. Pelo menos uma semana.
— Entendi. — A resposta de Zara foi curta. Ou melhor, completamente indiferente.
Orson percebeu o tom apático, mas, em vez de se irritar, ele fez uma pausa e, de repente, perguntou:
— Quer ir comigo?
A pergunta pegou Zara de surpresa. Por reflexo, ela já estava prestes a recusar.
Mas Orson parecia já saber qual seria a resposta dela. Antes que ela pudesse abrir a boca, ele decidiu por ela:
— Você vai comigo.
— Eu não vou.
— Você não tem escolha.
— Com que direito? Vai me amarrar e me arrastar para o aviã