Zara não disse nada, mas as mãos que antes estavam prontas para empurrá-lo acabaram caindo lentamente. Ela desviou o olhar para a janela mais uma vez.
A noite em Cidade N continuava linda. Além das luzes coloridas das placas de neon, havia também o brilho das luzes nos apartamentos e casas. Era uma cidade cheia de vida, um espetáculo de beleza e movimento.
Mas, para Zara, tudo aquilo parecia frio e vazio. Ela sabia que não havia como voltar atrás. Entre ela e Orson, o passado havia se tornado um abismo intransponível. E, embora ele parecesse se recusar a aceitar isso, Zara estava certa de que ele, no fundo, já havia entendido. Talvez por isso ele nem sequer tivesse mais forças para reclamar.
…
Quando Zara acordou, já era manhã do dia seguinte.
O quarto estava vazio, como sempre. Ela já havia se acostumado com essa rotina. Depois de se arrumar, saiu de casa sem perder tempo.
Hoje era o dia em que Carlos receberia alta do hospital.
Os assuntos envolvendo o Grupo Garcia havia