Orson, no fim, acabou discando aquele número. Era a primeira vez em mais de dois anos que ele tentava entrar em contato com Percival.
Mas, para sua surpresa, quem atendeu ao telefone não foi Percival.
— Você é parente dele? Algum familiar?
A pergunta do outro lado da linha fez Orson franzir o cenho. Ele imediatamente percebeu que havia algo errado.
— O que aconteceu com Percival?
— Ele sofreu um acidente de carro. O ferimento infecionou. — Explicou a pessoa. — Se você for parente, é melhor vir buscá-lo e transferi-lo para outro lugar.
O país para onde Percival havia ido tinha condições de saúde e infraestrutura médica extremamente precárias. Todos os anos, incontáveis pessoas morriam de malária e outras doenças. Para os locais, a situação já era crítica. Para alguém como Percival, sozinho em um lugar desconhecido e sem qualquer apoio, parecia impossível conseguir acesso a qualquer tratamento de qualidade.
Orson, no início, pensou em deixá-lo ali, abandonado à própria sort